Na última quarta feira 26, o projeto arquitetônico da Estação das Docas foi destaque no Blog Rio, Régua e Compasso, hospedado no site do jornal "O Globo".
Tendo como tema "De Belém para o Rio", o artigo publicado mostra que o trabalho de revitalização da área portuária da capital paraense pode servir como inspiração para a região portuária do Rio de Janeiro, que é sede da Copa do Mundo 2014 e dos Jogos 2016.
Matéria do Blog Rio, Régua e Compasso:
No próximo dia 8 de fevereiro, será divulgado o resultado do concurso Porto Olímpico, que, promovido pelo IAB e pela prefeitura do Rio, visa a premiar a melhor solução arquitetônica para algumas istalações dos Jogos de 2016 e seu entorrno na Região Portuária. No Brasil, há um exemplo que pode inspirar o trabalho a ser feito no Rio: a Estação das Docas, em Belém do Pará. As fotos dão uma ideia de como ficou o projeto do arquiteto Paulo Chaves, atual secretário de Cultura de Belém.
Chaves conta ao blog um pouco do processo: "Para a construção do Porto de Belém, foi necessária, primeiramente, muita cerimônia com a verba pública. Quando há esquema, o azulejo de qualidade é trocado por um de segunda classe; o parafuso de aço, por um de ferro, e assim por diante. A honestidade faz toda a diferença num projeto desse porte, e é um valor que qualifica qualquer empreitada".
Dito isto, Paulo Chaves recorda que, como em todo porto brasileiro, o de Belém tem galpões que perderam a sua função original de guardar mercadorias. Com o advento dos contêineres, os portos passaram a carecer somente de um bom pátio de manobras. Os três galpões nos quais foram feitas as intervenções ainda apresentavam outro problema. Ali, à beira do Rio Guajará, o calado era apenas de três metros. Os galpões então passaram um bom período de ociosidade, servindo para estocar a bobina de papel do jornal O Liberal e outras quinquilharias.
Paulo Chaves percebeu que esses galpões cortavam a vista da Bacia do Guajará logo de quem passava na via principal de Belém, a Rua Presidente Vargas. "Esses galpões blindavam a conexão da população com o porto. Ao mesmo tempo, eles tinham importância histórica, por contar com estruturas metálicas trazidas pelos ingleses já prontas entre o fim do século XIX e o século XX".
Nesta época, Belém vivia sua Belle Époque com o auge do ciclo da borracha com a extração do látex das seringueiras. "Projetamos então a manutenção dessas estruturas de ferro acrescentanto vidro, a fim de que a população pudesse ver o horizonte, abrindo uma grande janela para a nossa baía". Em 2000, o projeto ficou pronto, aumentando o turismo e a autoestima da população. Com a Estação das Docas concluída, Chaves foi conhecer o Porto Madero, em Buenos Aires, no Rio da Prata, e, em seguida, o de Nova York, o Pier 17. "Foi ótimo ter conhecido esses dois portos depois. Primeiro, porque não sofri influência deles. Segundo, porque vi que nosso projeto não deve nada a esses dois", diz. ele. "No Porto Madero, não há espaço dentro dos galpões a formar um caminho. O de Nova York é um grande shopping center à beira-rio. No nosso, há uma espécie de boulevard interno".
Que bons projetos iluminem o Porto Olímpico.
Chaves conta ao blog um pouco do processo: "Para a construção do Porto de Belém, foi necessária, primeiramente, muita cerimônia com a verba pública. Quando há esquema, o azulejo de qualidade é trocado por um de segunda classe; o parafuso de aço, por um de ferro, e assim por diante. A honestidade faz toda a diferença num projeto desse porte, e é um valor que qualifica qualquer empreitada".
Dito isto, Paulo Chaves recorda que, como em todo porto brasileiro, o de Belém tem galpões que perderam a sua função original de guardar mercadorias. Com o advento dos contêineres, os portos passaram a carecer somente de um bom pátio de manobras. Os três galpões nos quais foram feitas as intervenções ainda apresentavam outro problema. Ali, à beira do Rio Guajará, o calado era apenas de três metros. Os galpões então passaram um bom período de ociosidade, servindo para estocar a bobina de papel do jornal O Liberal e outras quinquilharias.
Paulo Chaves percebeu que esses galpões cortavam a vista da Bacia do Guajará logo de quem passava na via principal de Belém, a Rua Presidente Vargas. "Esses galpões blindavam a conexão da população com o porto. Ao mesmo tempo, eles tinham importância histórica, por contar com estruturas metálicas trazidas pelos ingleses já prontas entre o fim do século XIX e o século XX".
Nesta época, Belém vivia sua Belle Époque com o auge do ciclo da borracha com a extração do látex das seringueiras. "Projetamos então a manutenção dessas estruturas de ferro acrescentanto vidro, a fim de que a população pudesse ver o horizonte, abrindo uma grande janela para a nossa baía". Em 2000, o projeto ficou pronto, aumentando o turismo e a autoestima da população. Com a Estação das Docas concluída, Chaves foi conhecer o Porto Madero, em Buenos Aires, no Rio da Prata, e, em seguida, o de Nova York, o Pier 17. "Foi ótimo ter conhecido esses dois portos depois. Primeiro, porque não sofri influência deles. Segundo, porque vi que nosso projeto não deve nada a esses dois", diz. ele. "No Porto Madero, não há espaço dentro dos galpões a formar um caminho. O de Nova York é um grande shopping center à beira-rio. No nosso, há uma espécie de boulevard interno".
Que bons projetos iluminem o Porto Olímpico.
(Fonte: Blog Rio, Régua e Compasso - O Globo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por enriquecer o blog com seu comentário e opinião.