Matéria afirma que com Belém a história da Copa seria outra |
Na última semana, o ‘Portal da Copa 2014’ publicou um artigo com o título – “Com Belém, Goiânia e Florianópolis, a história da Copa seria outra”. A matéria em sua síntese chama a atenção para o último relatório, feito por sua equipe de reportagem, no qual apontou que dos doze estádios escolhidos para a Copa 2014, ao menos cinco devem virar elefantes brancos, entre eles a futura Arena Amazônia, em Manaus. Será que agora que eles acordaram? É uma pena, pois agora dificilmente será feita qualquer alteração nas sub-sedes. Caso a CBF e o Comitê Organizador da Copa 2014 tivessem interesse em ao menos reparar a total injustiça que realizaram com o Estado do Pará, colocariam a Belém ao menos para ser sub sede da Copa das Confederações que acontece um ano antes da Copa do Mundo. Mas até o momento não houve nenhum posicionamento dos cartolas que mandam em nosso futebol.
Leia abaixo o texto publicado no site:
“Certamente não escolheram Manaus por conta da sua enorme tradição no futebol. Nem Cuiabá pela sua bem-equipada estrutura hoteleira. Ou Natal, pela força da iniciativa privada, capaz de, sem recursos públicos, erguer uma arena de futebol.
Se em 31 de maio de 2009, data em que a Fifa divulgou nas Bahamas a escolha feita pela CBF e governo brasileiro das cidades escolhidas, Belém, Goiânia e Florianópolis tivessem sido anunciadas, será que o risco de elefantes brancos seria menor?
Em 2008, fui assistir a um clássico manauara no Vivaldão, entre Rio Negro e São Raimundo. Sabem qual foi o público pagante? Exatas 198 pessoas. Com uma renda de R$ 4 mil. E isso dificilmente vai mudar...
No entanto, Belém, que disputava com Manaus o direito de sediar a Copa, foi preterida, mesmo tendo Payssandú e Remo como duas das torcidas mais apaixonadas do Brasil. Sem contar o estádio do Mangueirão, que é um dos mais belos e funcionais do país.
O grande argumento para a escolha de Manaus foi o marketing da Amazônia. Agora, será que os turistas vão gostar de ver igarapés poluídos, uma bagunça urbana com trânsito caótico e todas as mazelas da cidade?
Florianópolis apresentou como proposta a reforma do estádio do Figueirense, com capital privado, para sediar a Copa. No entanto, a escolhida Natal patinou até hoje para encontrar um modelo que fosse interessante para as construtoras.
Seu grande trunfo foi proximidade da cidade com a Europa. Ora pois, em altura de cruzeiro, o aeroporto de Recife, por exemplo, está a 15 minutos de vôo amais. Mas o problema maior não é na chegada dos europeus ao país, e sim o transporte entre as cidades, principalmente de aviação executiva. E Florianópolis, com potencial esportivo, estádio privado e entre Porto Alegre e Curitiba, a uma hora de vôo de São Paulo, ficou de fora... Alguém consegue explicar?
Cuiabá ter optado por construir um estádio com arquibancadas removíveis não esconde o fato de que a capital mato-grossense terá um dos maiores elefantes brancos da Copa. Afinal, serão gastos mais de R$ 500 milhões em uma arena que jamais terá um uso proporcional a tanto investimento.
Situação oposta é a de Goiânia, que já possui um estádio incrível projetado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha e tem torcida para enchê-lo, tanto do Goiás, quanto do Vila Nova e do Atlético-GO.
Em alguma coisa nossos governantes erraram. Ou foi na escolha das cidades, ou na falta de prioridade em melhorar os aeroportos, portos, hotéis e, principalmente, a mobilidade entre as cidades”.
(Fonte: Portal da Copa do Mundo 2014)
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