Brasigal: uma união luso-brasileira

União Brasil e Portugal

Você já imaginou uma nova união Luso-Brasileira, onde Portugal deixasse a União Européia e se tornasse uma província brasileira? Pois bem, essa solução foi publicada em um artigo de um dos jornais mais influentes do mundo, o inglês Financial Times, que apontou a “anexação”, como a solução para a grave crise portuguesa.

A ideia que hoje parece tão absurda, não é nova, apesar de atualmente parecer óbvio que Brasil e Portugal são dois países diferentes. 

Os dois países custaram a se separar e a ideia de uma ruptura completa só nasceu poucas semanas antes do grito da independência, em 7 de setembro, depois de atitudes radicais da corte portuguesa, que queriam recolonizar o Brasil.

O que a gente não parou pra pensar é: e se Dom Pedro não tivesse dado o “grito”? E se tivessemos seguido um caminho parecido com a do Canadá ou da Austrália, que hoje são independentes, no entanto, até hoje são muito ligados a Grã Bretanha. 

Aliás, essa união chegou a existir. No século XIX, o Reino Unido de Brasil e Portugal permaneceu por sete anos. De lá pra cá, muita coisa mudou e inclusive, Portugal não tem mais rei.

A ideia de um só país de língua portuguesa e espalhado entre a América e a Europa nos faz sonhar. Já os portugueses, não gostaram nem um pouco da ideia a partir do uso da palavra “anexação”, o que não acontece quando usado: “união entre dois povos irmãos”.  

A verdade é que na situação em que Portugal se encontra hoje, a dívida portuguesa seria facilmente absorvida pela grande economia brasileira. Em troca ganharíamos um território do tamanho de Santa Catarina, com uma população equivalente a do Rio Grande do Sul e que produz uma riqueza comparável a do Rio de Janeiro. Decretada a união, o Brasil entraria imediatamente para a lista dos vencedores do Prêmio Nobel, graças ao compatriota José Saramago. Ou até quem sabe, Cristiano Ronaldo não poderia nos dar uma forcinha na “Copa Luso América”. E o melhor de tudo, poderíamos dizer que o pastel de Belém é um produto genuinamente verde e amarelo.

É claro que existem muitas coisas que tornam isso impossível, onde a idéia não passa de um sonho e uma brincadeira. Talvez seja a história de falarmos a mesma língua, é que nos faz pensar em voz alta.

(Texto readaptado por Marcus Atayde, de Especial na Globo News)