Capela Pombo |
Construída no final do século XVIII, a Capela
do Senhor dos Passos ou do Senhor Bom Jesus dos Passos, no centro de Belém, está
entregue ao abandono.
Mais conhecida como ‘Capela Pombo’, em
referência ao seu dono Coronel Ambrósio Henriques Pombo,
ilustre senhor de engenhos, português, que se mudou para Belém na segunda
metade do século XVIII, está localizada na Travessa Campos Sales entre
as Ruas Manoel Barata e 13 de Maio, no bairro do Comércio.
Completamente abandonada, a capela resiste a deteriorização
causada pelo tempo. O vereador Carlos Augusto, recentemente chamou a atenção no
plenário da Câmara Municipal, para o abandono do patrimônio. “A capela ainda é
de propriedade privada, mas que deve ser adquirida para que seja tombada como
patrimônio histórico. A prefeitura ou o governo do estado deviam adquirir o
local, fazer uma revitalização e depois entregar a arquidiocese de Belém. A
capela é um patrimônio histórico do município”, afirmou o vereador.
Centro Comercial |
A área a qual está localizada a capela, no Centro
Histórico de Belém é tombada e regulamentada pela Lei N.° 7.709, de 18 de maio
de 1994, e, como tal, possui várias edificações com interesse de preservação.
Considerando a formação da cidade de Belém
a partir da chegada dos portugueses, em 1616, e a ocupação dos mesmos, nas
proximidades do Forte do Presépio, formando o bairro atual Cidade Velha, a Capela
Pombo tem uma acentuada relação histórica com a evolução de Belém, principalmente
pela sua significação, seu nome, seu destino histórico, seu valor como obra de
arte e patrimônio da cidade. A capela era
local de muitas cerimônias religiosas e atendia a várias dessas manifestações
da população do entorno. Embora privativa, seus proprietários a cediam às
famílias amigas para que ali realizassem diversas celebrações.
Atribuída ao arquiteto Antonio Landi, a
autoria do projeto, não é pode ser confirmada; no entanto, a partir das
comparações realizadas, não há como negar que há muitas semelhanças com as
tipologias e os elementos utilizados pelo arquiteto em suas obras. E,
sabendo-se ser o italiano o único arquiteto conhecido na região à época, é
inevitável a ele atribuir sua autoria.
O Forro encontra-se bastante deteriorado |
(Fonte: Casarão de Memórias da Amazônia, Vitruvius ; Fotos: Domingos Oliveira, 2007)
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