quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Patrimônio: 'Capela Pombo' entregue ao abandono

Capela Pombo
Construída no final do século XVIII, a Capela do Senhor dos Passos ou do Senhor Bom Jesus dos Passos, no centro de Belém, está entregue ao abandono.
Mais conhecida como ‘Capela Pombo’, em referência ao seu dono Coronel Ambrósio Henriques Pombo, ilustre senhor de engenhos, português, que se mudou para Belém na segunda metade do século XVIII, está localizada na Travessa Campos Sales entre as Ruas Manoel Barata e 13 de Maio, no bairro do Comércio.
Completamente abandonada, a capela resiste a deteriorização causada pelo tempo. O vereador Carlos Augusto, recentemente chamou a atenção no plenário da Câmara Municipal, para o abandono do patrimônio. “A capela ainda é de propriedade privada, mas que deve ser adquirida para que seja tombada como patrimônio histórico. A prefeitura ou o governo do estado deviam adquirir o local, fazer uma revitalização e depois entregar a arquidiocese de Belém. A capela é um patrimônio histórico do município”, afirmou o vereador.
Centro Comercial
A área a qual está localizada a capela, no Centro Histórico de Belém é tombada e regulamentada pela Lei N.° 7.709, de 18 de maio de 1994, e, como tal, possui várias edificações com interesse de preservação.
Considerando a formação da cidade de Belém a partir da chegada dos portugueses, em 1616, e a ocupação dos mesmos, nas proximidades do Forte do Presépio, formando o bairro atual Cidade Velha, a Capela Pombo tem uma acentuada relação histórica com a evolução de Belém, principalmente pela sua significação, seu nome, seu destino histórico, seu valor como obra de arte e patrimônio da cidade.  A capela era local de muitas cerimônias religiosas e atendia a várias dessas manifestações da população do entorno. Embora privativa, seus proprietários a cediam às famílias amigas para que ali realizassem diversas celebrações.
Atribuída ao arquiteto Antonio Landi, a autoria do projeto, não é pode ser confirmada; no entanto, a partir das comparações realizadas, não há como negar que há muitas semelhanças com as tipologias e os elementos utilizados pelo arquiteto em suas obras. E, sabendo-se ser o italiano o único arquiteto conhecido na região à época, é inevitável a ele atribuir sua autoria.
Capela internamente
O Forro encontra-se bastante deteriorado 
(Fonte: Casarão de Memórias da Amazônia, Vitruvius ; Fotos: Domingos Oliveira, 2007)

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