O resultado das eleições municipais na Região Metropolitana de Belém cria um cenário político jamais vivenciado por este território desde sua criação na década de 70.
A vitória de aliados políticos do mesmo partido nos seus principais municípios, Belém e Ananindeua, juntamente com o Governo do Estado, possibilita a materialização de antigos projetos qu
e sempre esbarraram na falta de entendimento entre esses entes.
Problemas relacionados ao destino final do lixo e a mobilidade urbana, finalmente poderão ser gerenciados de forma compartilhada entre municípios e Estado, em prol de uma população que sempre assistiu atônita a falta de entendimento entre seus gestores mutilar seus interesses.
Especificamente no que se refere a mobilidade, um sério desafio terá que ser enfrentado urgentemente, uma vez que as obras do BRT/PMB vem sendo executadas a toque de caixa e não possibilitam a circulação, na Almirante Barroso, do BRT metropolitano que será implantado pelo Estado pela vindo da BR- 316.
Não sei se a pressa, a incompetência, a irresponsabilidade, ou talvez tudo isso junto, levaram os executores do projeto a implantar no principal corredor de transporte de Belém, uma canaleta que não permite a ultrapassagem e nem possui dois berços nos pontos de parada, inviabilizando a operação simultânea na Almirante Barroso de linhas oriundas da Augusto Montenegro e da BR-316.
Talvez a justificativa para isso, esteja no bizarro projeto de um terminal no Entroncamento, onde os 18 mil passageiros que chegam da BR-316 na hora do pico, deveriam descer e pegar outros ônibus para seguir viagem. Não precisa ser especialista em transporte para ver que se dividirmos 18 mil passageiros por 250 (capacidade dos ônibus do projeto de Belém) seriam necessários 72 ônibus por hora saindo deste terminal, um a cada 50 segundos, só não disseram como conseguiriam embarcar 250 pessoas num ônibus em 50 segundos.
Tudo isso recomenda uma ação urgente no sentido de parar o que esta sendo feito errado na Almirante Barroso e fazer as correções necessárias para que a população dos municípios periféricos da região metropolitana também tenham o direito de entrar em Belém no seu sistema de BRT. Esse já seria um belo exemplo de entendimento na região em favor do interesse de sua população.
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