Além de mal conservados, aeroportos brasileiros operam acima de suas capacidades |
O Governo Federal vende fora do país que o Brasil está indo “de vento em popa”. Que a economia do país está aquecida, que o governo está fazendo os investimentos necessários e que o mercado interno está aberto a investimentos. No entanto, os empresários, os turistas e visitantes, que chegam ao Brasil, de cara, logo se deparam com estruturas arcaicas e muita desorganização em nossos aeroportos. É o nosso cartão de visita.
Comparado com o E.U.A e os países europeus, nossos aeroportos estão muito ultrapassados e em grande parte não atendem mais as suas demandas, causando enormes transtornos para quem utiliza desse serviço o que tem batido recordes de reclamações junto ao órgão competente - ANAC.
Recentemente, um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apontou que 17 dos 20 principais aeroportos brasileiros estão em uma situação "crítica" ou "preocupante" devido ao excesso de passageiros e 12 deles operam acima do limite de sua capacidade. O estudo assinalou que os investimentos nos aeroportos do país foram inferiores à necessidade e por isso os terminais atendem um número de passageiros que está acima de sua capacidade total, além disso, a entidade questionou o fato de apenas 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) ter sido destinado ao setor de transportes.
Para a Copa 2014, o governo “patina” nos projetos dos 13 aeroportos que serão utilizados durante o evento e em alguns não consegue sequer finalizar o projeto, onde, faltando apenas 17 meses para o Mundial, sete obras previstas pelo governo ainda nem começaram.
Obras no aeroporto de Manaus estão apenas 45% concluídas |
Dos 30 projetos de construção e/ou reforma de aeroportos para o Mundial, 14 estão em andamento. Ao todo, são oito terminais em obras: Belo Horizonte, Cuiabá, Fortaleza, Manaus, Natal, Rio de Janeiro e São Paulo (Cumbica e Viracopos). No caso do Rio, os dois terminais do aeroporto do Galeão estão em reforma. Mais nove obras foram concluídas pela Infraero, com quatro MOPs (Módulo Operacional Provisório): em Brasília, Cuiabá, Porto Alegre e São Paulo (Viracopos).
No total, os 13 aeroportos da Copa receberão investimento de R$ 6,8 bilhões, sendo R$ 3,16 bilhões da Infraero e R$ 3,64 bilhões da iniciativa privada.
Pelo andar da “carruagem”, é muito provável que as obras nos aeroportos sejam realizadas as pressas, comprometendo a qualidade dos equipamentos construídos, ou durante a Copa, as obras ainda estarão em andamento.
E enquanto as obras de reformas e/ou ampliações desses aeroportos não saem, os brasileiros e os turistas que aqui chegam, estarão sujeitos a desembarcar em terminais mal estruturados, arcaicos e desorganizados. Esse é o retrato dos aeroportos brasileiros, com raríssimas exceções.
(Texto: Marcus Atayde - Fonte: Portal 2014 e Folha de São Paulo)
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