sexta-feira, 28 de março de 2008

"A Copa do Mundo não é nossa..."


Depois de 58 anos, o Brasil volta a ter a chance de sediar uma Copa do Mundo. De lá pra cá muita coisa mudou no país e no mundo. Em 1950, o Mundo vivia um pos guerra. No Brasil Getulio Vargas acabara de ser eleito a presidente e as esperanças de tempos melhores na economia do país eram evidentes. E não parava por ai, a televisão chegava ao país e encantava a todos, esta mesma televisão que, mais tarde levou as lagrima muitos brasileiros com a derrota da Seleção Brasileira para o Uruguai em pleno Maracanã.
Hoje, o Brasil com uma economia mais consistente e acreditada mundialmente, o país tem a missão de em seis anos organizar não apenas um campeonato de futebol, mas também um evento que mexe com a sua população e principalmente que pode trazer grandes benefícios ao país, como maior investimento em infra-estrutura urbana, através da atração de capital privado.
Tudo isso seria perfeito, se não fosse a desconfiança, não só brasileira, mas também internacional, da capacidade do país de gerir esta imensa organização. Desconfiança esta por parte da iniciativa privada, que esta cautelosa nos futuros investimentos para a Copa de 2014.
Toda essa desconfiança em nossos políticos e responsáveis pelo evento no Brasil, em grande parte vem dos diversos casos de corrupção que toma conta do país. Mas também devemos abrir os olhos dos brasileiros, em relação ao “terrorismo” que os estrangeiros vêem realizando em torno da organização da copa no Brasil; Onde vale ressaltar que desde o início da candidatura do Brasil como sede, não era vontade dos “homens” que fazem o futebol atualmente no Mundo, que a mesma fosse realizada aqui; decisão esta que só veio a ser tomada após a “intervenção” política de nossos representantes. Pra quem não sabe esta discriminação na realização do evento no continente Sul-americano não é recente. Nas copas de 1934 e 1938, houve uma pequena participação sul-americana, em virtude de que algumas seleções deste continente boicotaram a copa que, de acordo com o rodízio, deveria ser na América.
Ficou tão evidente o receio de uma possível reação dos países sul-americanos contra a entidade – FIFA, que logo após a decisão, mesmo que forçada, de que a copa seria no Brasil, os dirigentes da FIFA, tendo a frente o francês Joseph Blatter, anunciou que a Copa de 2014 encerra os rodízios entre os continentes. É certo que o país terá dificuldades em gerir os recursos públicos e privados que serão destinados ao evento e que a falta de fiscalização das obras que serão realizadas podem comprometer o sucesso da Copa do Mundo no Brasil. Entretanto estas mesmas dificuldades foram enfrentadas em países Europeus que vieram a realizar o evento. No entanto é certo também, e isto não precisamos mais provar pro Mundo, o quanto o povo brasileiro está empenhado e dedicado na organização deste mundial, onde não sendo diferente de 1950, vem pra mexer com alto-estima da população brasileira.

Um comentário:

  1. Parabéns! O texto ficou show, remete ao passado e traz ao presente. Adorei ler. Sem dúvidas o Brasil já passou por mta coisa, e é claro que uma copa mexe com a auto-estima do povo brasileiro,e é nesse momento que os politicos vão aproveitar pra saracutiar os cofres publicos, hahaha, mas nós nem nos daremos conta, afinal é futebol, Brasil o país do futebol. É melhor roubar e fazer o povo feliz do que roubar e comprar uma ilha privada e deixar o povo na miséria. VIVA O FALSO PATRIOTISMO.
    Espera ai, eu tb sou brasileira. hahaha.
    Beijo.

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