Segundo dados do IBGE, o Brasil tem hoje aproximadamente 56,3 milhões de estudantes ativos, onde o país concentra 79,2%, ou 44,5 milhões de pessoas, estudando em instituições públicas de ensino. Daí pode-se concluir o quanto é importante que o governo invista em uma educação pública de qualidade. O fato nos mostra que mesmo com a falta de estrutura e qualidade em grande parte de nossas instituições públicas de ensino, a maioria dos brasileiros não tem condições financeiras para se manter, ou manter um filho em uma escola privada e de qualidade.
Atualmente o Brasil investe, 4,6% ou 117,4 bilhões, de seu produto interno bruto em educação, onde 3,9% do investimento é destinado a educação básica e 0,7% destina-se ao ensino superior. Em 2007, o investimento público anual em um aluno da educação básica foi de R$2.005, segundo números do MEC.
No ensino superior o governo federal adota duas estratégias: uma de investimento em financiamentos para o ingresso deste aluno no ensino privado e outra de aumento de números de vagas nestas instituições, muitas delas com fins lucrativos; deixando clara a incompetência por parte do estado de garantir vagas a todos esses estudantes na rede pública e mais que isso, o “prejuízo” por parte do estado de ter que repassar esse investimento às instituições privadas, enquanto que poderia estar repassando estes valores às instituições públicas, podendo garantir o aumento da disponibilidade de vagas no ensino público e proporcionar uma boa qualidade de ensino, logo esta estratégia se torna não aceitável moralmente e nem economicamente viável.
Este investimento também se mostra problemático quando relacionamos que ao mesmo tempo em que o Fies aumenta a inclusão dos alunos de baixa renda na educação superior, também aumenta a inadimplência desses beneficiados com o governo federal, onde hoje cerca dos 400 mil contratos apenas 12 mil foram efetivamente quitados.
O certo é que é essencialmente importante em qualquer país, seja ele desenvolvido ou não, o investimento na educação de sua população, pois é evidente a ligação deste fato e o crescimento econômico do país. Investir na capacitação de sua população é transformar-se mais a frente em um pólo tecnológico, com pessoas com a capacidade de criar e trabalhar com o conhecimento, podendo garantir um desenvolvimento sustentável a esta nação.
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